RECUPERAÇÃO FUNCIONAL APÓS TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO: UM MODELO EXPERIMENTAL

Nome: PEDRO HENRIQUE CASSARO LIRIO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/03/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FERNANDO ZANELA DA SILVA AREAS Orientador
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARMEM LUIZA SARTORIO Examinador Externo
FERNANDO ZANELA DA SILVA AREAS Orientador
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Coorientador
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Examinador Interno

Resumo: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um neurotrauma de fisiopatologia
complexa causado por uma força mecânica externa. Os danos provenientes desse
trauma podem ser divididos em primário e secundário. O primário se refere a danos
relacionados à colisão mecânica do encéfalo e o secundário estão relacionados a
processos neuroquímicos e imunoexcitotóxicos causados pela progressão
temporal da injúria. Chamada de “epidemia silenciosa”, é a maior causa de
incapacidade de jovens adultos ao redor do mundo. Modelos animais de TCE são
utilizados para mimetizar os processos fisiopatológicos e com isso permitir a
investigação de novas terapias e intervenções. O modelo Weight-drop permite a
indução ao TCE em animais sem intervenções cirúrgicas prévias, possibilitando um
melhor entendimento das cascatas fisiopatológicas do TCE. Além disso, nesse
modelo, considerado o mais próximo ao TCE humano, o monitoramento de
parâmetros vitais básicos pode ser utilizado como auxiliar na classificação e
prognóstico relacionado ao TCE. No presente estudo, propomos um novo aparato
de indução de modelo Weight-drop de cabeça fechada, representando uma indução
de TCE moderadamente grave. Avaliamos o efeito de um projétil de 48,5g em
queda livre de uma altura de 1,10m em ratos jovens-adultos de 8 semanas de idade.
Foram utilizados os grupos controle (sham), G1 (1h pós-trauma), G2 (3 dias póstrauma) e G3 (7 dias pós-trauma). Após a indução dos grupos TCE e o grupo Sham,
foram submetidos a avaliações de peso diariamente, temperatura durante a
primeira hora pós-TCE e diariamente durante os 7 dias. Foram também submetidos
a testes comportamentais como campo aberto, para avaliar parâmetros motores e
teste de reconhecimento de objetos, para avaliar alterações cognitivas. Além disso,
amostras de córtex pré-frontal, hipocampo e hipotálamo dos animais foram
submetidas a testes de avaliação de estresse oxidativo, AOPP e TBARS. Nossos
resultados demostraram que animais submetidos a TCE possuem menor ganho de
peso na avalição de 7 dias, tal como apresentam flutuações importantes na
temperatura. Os grupos submetidos a TCE apresentaram déficits motores e
cognitivos, especialmente no 7º dia após a lesão. Além disso, apresentaram
maiores níveis de estresse oxidativo no córtex pré-frontal, hipocampo e hipotálamo
comparados ao grupo sham. Esses achados sugerem que o presente modelo pode
ser um possível candidato para estudos translacionais.

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