EFEITOS DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL COM ESTRADIOL E PROGESTINAS SOBRE O SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA VASCULAR DE RATAS OVARIECTOMIZADAS

Nome: LAÍS ALMEIDA MENEZES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/10/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GLAUCIA RODRIGUES DE ABREU Orientador
HELDER MAUAD Examinador Externo
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Examinador Interno

Resumo: As doenças cardiovasculares representam a maior causa de morbimortalidade entre mulheres mundialmente e se tornam mais prevalentes após a menopausa, o que confere ao estrogênio papel cardioprotetor. A terapia de reposição hormonal (TRH) estrogênica isolada ou combinada com progestinas tem sido alvo de estudos como potencial alternativa na abordagem das condições associadas a fase pós-menopausa. Nesse contexto, o acetato de medroxiprogesterona (MPA) é a progestina mais estudada e utilizada na TRH, porém suas ações sobre o sistema cardiovascular têm demonstrado efeitos antagônicos aos benefícios da progesterona, e a drospirenona (DRSP) exerce uma potente ação antimineralocorticóide, havendo evidências clínicas e experimentais de sua atuação positiva.O sistema renina-angiotensina (SRA) é um componente-chave no controle da homeostase cardiovascular, o qual é modulado pela condição estrogênica, e sendo assim, a deficiência estrogênica modula desfavoravelmente esse sistema. Os efeitos vasculares do estrogênio são bem elucidados, porém há escassez de estudos que investiguem os efeitos da terapia hormonal com MPA e DRSP sobre o sistema cardiovascular. Sendo o SRA um importante eixo endócrino para a manutenção da hemodinâmica cardiovascular e a TRH uma medida terapêutica aos prejuízos, sintomas e riscos apresentados na menopausa, faz-se necessário conhecer os efeitos da terapia hormonal com essas progestinas sobre esse sistema.Os experimentos foram conduzidos em ratas Wistarsham e ovariectomizadas, as quais foram divididas aleatoriamente em 5 grupos experimentais: SHAM, ovariectomizadas (OVX), OVX tratadas com 17β-estradiol [E2] (OE2); OVX tratado com DRSP e E2 (DRSP+OE2) e OVX tratado com MPA (OVX+MPA) via oral. Após 4 semanas de tratamento, foi realizada a reatividade vascular, com curvas dose-resposta a angiotensina – (1-7) (Ang 1-7), tanto sozinha quanto na presença dos inibidores L-NAME, PD123319 e A-779. Adicionalmente, a aorta foi dissecada e avaliada a expressão proteica de AT-1, AT-2, Mas, ECA-2 e eNOS. Houve um aumento de peso corporal dos animais OVX e OVX+MPA, a eficácia da ovariectomia foi comprovada com a redução do peso uterino das ratas OVX e os tratamentos de reposição hormonal reverteram essa atrofia. Houve um prejuízo na reatividade vascular aórtica mediada pela Ang 1-7 nas ratas OVX, sendo prevenido pelas terapias, sendo que as ratas OE2 melhoraram esse efeito. A
vasodilatação foi abolida na presença de L-NAME e houve redução da resposta na presença de PD123319 nas ratas OE2. Não houve diferença na expressão proteica de AT1 e ECA-2 entre os grupos, a expressão de Mas foi maior nos grupos OE2 e DRSP+OE2 e AT2 e eNOS foi mais expressa em OVX+MPA. Diante dos resultados expostos, pode-se concluir que a hipoestrogenia prejudica a vasodilatação induzida pela Ang 1-7 na reatividade vascular em anéis aórticos; as terapias com estradiol e progestinas restauram esses parâmetros, sendo esta a primeira vez que são relatados os efeitos das terapias hormonais de MPA e DRSP+E2 sobre a Ang 1-7 vascular.

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