SOBRECARGA AGUDA DE COBRE INDUZ DISFUNÇÃO VASCULAR EM AORTAS: PAPEL DO ESTRESSE OXIDATIVO E AUMENTO DA PRODUÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO

Nome: KAROLINI ZUQUI NUNES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/07/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DALTON VALENTIM VASSALLO Orientador
FULVIO ALEXANDRE SCORZA Examinador Externo
JOSE GUILHERME PINHEIRO PIRES Examinador Externo
MAYLLA RONACHER SIMÕES Examinador Interno
MIRIAN FIORESI Examinador Externo

Resumo: A homeostase do cobre é essencial para o bom funcionamento do corpo. A deficiência e a sobrecarga deste metal podem levar ao desenvolvimento de patologias, inclusive no sistema cardiovascular. Não são conhecidos os mecanismos envolvidos nas alterações vasculares promovidas em situações de toxicidade com o cobre. Sendo assim o objetivo desse estudo foi investigar as alterações da reatividade vascular promovidas pela sobrecarga de cobre (Cu). A aorta torácica obtida de ratos Wistar foi dissecada, segmentada e exposta por 1 h a 10 μg/mL de CuCl2. A exposição ao Cu diminuiu a resposta contrátil à fenilefrina em anéis de aorta (Ct: 104 ± 6,1 vs Cu: 80 ± 6,0). A remoção do endotélio e a subsequente administração de éster metílico de N-nitro-L-arginina (L-NAME), tetrahidrobiopterina (BH4), aminoguanidina, ácido dietilditiocarbâmico (DETCA), catalase ou tetraetilamônio (TEA) aumentaram as respostas contráteis à fenilefrina (Ct L-NAME: 135 ± 8,1 vs Cu L-NAME: 156 ± 12,1; Ct BH4: 99 ± 6,9 vs Cu BH4: 104 ± 3,5; Ct Aminoguanidina: 90 ± 8,3 vs Cu Aminoguanidina: 96 ± 6,8; Ct DETCA: 117 ± 3,2 vs Cu DETCA: 154 ± 14,1; Ct Catalase: 109 ± 6,2 vs Cu Catalase: 113 ± 9,3; Ct TEA: 110 ± 16 vs Cu TEA: 121 ± 12,1). As incubações com apocinina e tiron aumentaram a sensibilidade à fenilefrina (Ct Apocinina: 5,5 ± 0,2 vs Cu Apocinina: 6,8 ± 0,3; Ct Tiron: 6,7 ± 0,06 vs Cu Tiron: 6,8 ± 0,3). Os dados demonstraram que altas concentrações de Cu reduziram a reatividade vascular induzida por fenilefrina, o que foi associada com o aumento da produção de óxido nítrico (NO), atribuída à ativação da sintase induzida do óxido nítrico e níveis elevados de peróxido de hidrogênio, provavelmente relacionado a um aumento na atividade da superóxido dismutase (SOD) e geração de espécies reativas de oxigênio (ROS). Estes efeitos da sobrecarga de cobre sugerem que este metal é um fator de risco para doenças cardiovasculares.

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