EFEITOS DA RESTRIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO ASSOCIADA AO EXERCÍCIO DE FORÇA SOBRE O DANO MUSCULAR ESQUELÉTICO E O SISTEMA CARDIOVASCULAR

Nome: VICTOR MAGALHÃES CURTY
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 23/04/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELISARDO CORRAL VASQUEZ Co-orientador
VALERIO GARRONE BARAUNA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELISARDO CORRAL VASQUEZ Coorientador
JOSE GERALDO MILL Examinador Interno
NUNO MANUEL FRADE DE SOUSA Examinador Externo
RAFAEL DE OLIVEIRA ALVIM Examinador Externo
RICHARD DIEGO LEITE Examinador Externo

Páginas

Resumo: O dano muscular é considerado um dos principais mediadores das adaptações musculoesqueléticas proporcionadas pelo exercício de força (EF). No entanto, existe a hipótese de que o EF de baixa intensidade (20-50% de 1RM) associado à restrição do fluxo sanguíneo (RFS) possa proporcionar adaptações similares independentemente de ocorrer ou não danos musculares. Esse estudo visou avaliar os efeitos da RFS associada a diferentes protocolos de exercício de força sobre o dano muscular esquelético e o sistema cardiovascular. Foram avaliados três diferentes protocolos experimentais: 1º) Exercício de força excêntrico de alta intensidade (EFEX, 130% de 1RM), no qual os participantes realizaram 3 séries de 10 repetições, sob duas condições (com ou sem a RFS); 2º) Exercício de força de baixa intensidade (EFBI, 40% de 1RM), no qual os participantes realizaram 3 séries até a fadiga muscular, também sob condições com ou sem a RFS; e por último, 3º) Exercício de força de baixa intensidade (EFBI, 40% de 1RM), realizando novamente 3 séries até a fadiga muscular sob diferentes percentuais de RFS (0, 40, 60 e 80%). Para o protocolo experimental 1, observamos que a amplitude do movimento articular (ADM) diminuiu em ambas as condições imediatamente pós-exercício, mas somente a condição EFEX apresentou ADM reduzida 24h pós-exercício. A dor muscular à palpação (DMP) aumentou em ambas as condições, mas para a condição EFEX+RFS a dor muscular retornou para valores basais 48 horas pós-exercício. A circunferência do braço (CIR) aumentou somente para a condição EFEX. Para as respostas hemodinâmicas, observamos aumento somente da frequência cardíaca (FC) imediatamente pós-exercício, similar para ambas as condições. Para o protocolo experimental 2, observamos que os marcadores de dano muscular (contração isométrica voluntária máxima (CIVM), a ADM, a dor muscular à palpação, a CIR, e os níveis plasmáticos da creatina quinase (CK) e da lactato desidrogenase (LDH)) se alteraram significativamente pós-exercício em ambas as condições, mas de maneira mais expressivas para a condição de exercício sem a RFS (EFBI). Em relação as respostas cardiovasculares, observamos aumentos similares para pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), média (PAM) e na FC no momento pós-exercício. Finalmente, no protocolo experimental 3, observamos que a CIVM, o limiar de dor à pressão (LDP), a ADM e a CIR sofreram alterações imediatamente após a sessão de exercício em todos os grupos. Além disso, observamos que os valores dos biomarcadores de dano muscular analisados (CK, LDH e o cell-free DNA) se elevaram mais na condição de exercício sem a RFS (EFBI). Sobre as respostas cardiovasculares, observamos que a PAS se elevou imediatamente após o exercício em todos os grupos. Já a PAD e a PAM se elevou para os grupos EF+RFS60 e EF+RFS80 (p<0,05), mostrando que as respostas cardiovasculares foram mais exacerbadas a medida que maiores percentuais de RFS fossem utilizadas. Concluindo que a RFS apresenta potencial efeito em atenuar o dano muscular e que essa resposta é proporcional à intensidade da RFS aplicada. No entanto, a RFS pode promover maior demanda cardiovascular durante protocolos de exercícios de força de baixa intensidade.

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